terça-feira, 22 de abril de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

É tanta coisa

Perdera as contas
De quantas
De quantos
Perdeu-se em contos
De tantas
De tantos
Perdido aos prantos
Em Anas
Em ônus
Perdão às plantas
Em chamas
Os pomos

sábado, 5 de abril de 2014


Ele sabia que não devia
Ela sabia que ele queria
Ele, um bom patrão
Fina estirpe, alto padrão
Bambambam do alto escalão
De uma longa linhagem de bambas
Ela, a secretária da firma
Simples e simplesmente linda
Absorta em telefonemas
DDDs de longa duração
Podia ser curta a relação
Mas acabaram se casando
E posteriormente se cansando
Um do outro
Fora demitida um tempo depois

quarta-feira, 2 de abril de 2014

A cantora Coralina

Dedico algumas linhas à misteriosa menina que nunca irá lê-las. Tudo o que ela sente é caos. Tudo é chuva, tempestade turva de granizo. Vamos andar uma última vez. Eu, ela e sua voz rouca que só canta em inglês. Quando chegar o inverno, nos aqueceremos um no outro apenas em pensamento. Nunca mais nos veremos. Acho que só nos vimos uma vez, na verdade. Se soubesse que seria a única teria dado mais valor. Mal trocamos meias palavras e ela foi embora sem dizer tchau. Por algum motivo era mais graciosa ao ir embora.